O que é o Pé Torto Congênito?

O Pé Torto Congênito é uma condição que afeta o posicionamento dos pés de um bebê ao nascer, deixando-os virados para dentro e para baixo. Não existe uma causa definida, embora nos estudos de pés tortos tenham sido encontrados células especiais na região de dentro do pé, onde apresentavam características de contração o que pode gerar a força de deformação do pé. Essas células são estimuladas durante todo o crescimento, portanto o pé pode voltar a entortar mesmo com o tratamento. Sem o tratamento adequado, essa deformidade pode trazer limitações sérias ao longo da vida. No entanto, com a abordagem correta, a maioria das crianças pode ser tratada de forma eficaz e viver sem restrições. Hoje, o método de escolha para corrigir essa condição é o Método Ponseti, uma técnica minimamente invasiva com uma taxa de sucesso superior a 95%. Lembrando que o acompanhamento médico é imprescindível para o sucesso.

O Método Ponseti: uma revolução no tratamento

Desenvolvido pelo Dr. Ignacio Ponseti na década de 1950, o Método Ponseti transformou o tratamento do Pé Torto Congênito. Diferente de métodos antigos que exigiam cirurgias invasivas, o Método Ponseti utiliza gessos seriados e uma pequena intervenção no tendão de Aquiles para corrigir as deformidades. É o padrão-ouro no tratamento e proporciona resultados impressionantes, permitindo que a maioria das crianças tenha uma vida saudável e ativa.

Etapas do Tratamento

Correção com Gessos Seriados
O tratamento começa logo nas primeiras semanas de vida. A cada semana, o ortopedista realiza manobras delicadas para reposicionar o pé, seguido da aplicação de um gesso que cobre da coxa até o pé. Essas trocas são feitas semanalmente, e geralmente de 3 a 5 trocas são suficientes para corrigir as deformidades de Cavo, Aduto e Varo. Nos casos mais graves, como em pacientes com Artrogripose ou Mielomeningocele, pode ser necessário um número maior de trocas.

Tenotomia do Tendão de Aquiles
Após as correções iniciais com os gessos, a deformidade de Equino (quando o pé permanece apontado para baixo) pode persistir. Para corrigi-la, é realizada uma pequena cirurgia chamada Tenotomia do Tendão de Aquiles. Essa intervenção é rápida, feita com anestesia local, e não requer internação. Após a tenotomia, o bebê usa um gesso por mais 3 semanas, desta vez com o pé apontando para cima, já corrigido.

Manutenção com Órtese de Abdução
Após a remoção do gesso, a fase mais crucial do tratamento começa: o uso da Órtese de Abdução (ou “Botinhas de Pé Torto”). Essa órtese é essencial para manter a correção e evitar que a deformidade retorne.

Primeiros 3 meses: A órtese deve ser usada 23 horas por dia, removida apenas para o banho e trocas de roupa.

Dos 3 meses até os 4 anos: O uso da órtese é reduzido para 14 horas por dia, principalmente durante os períodos de sono.

O uso prolongado da órtese é fundamental para garantir que o tratamento seja bem-sucedido e que a deformidade não volte. A principal causa de recidivas é o uso inadequado da órtese. Lembre-se que o pé tende a entortar durante todo o período de crescimento, usar de forma correta e manter o acompanhamento com o ortopedista é essencial para detectar qualquer sinal de recidiva.

Etapas do Tratamento

Com o Método Ponseti, os resultados são extraordinários. Após o tratamento, a maioria das crianças terá pés flexíveis, indolores e esteticamente normais, permitindo que usem calçados convencionais e participem de atividades físicas sem limitações. Quando seguido corretamente, o método apresenta mais de 95% de sucesso, proporcionando uma vida completamente normal, incluindo a prática de esportes de alto rendimento.

Se você suspeita que seu filho tem Pé Torto Congênito ou já recebeu o diagnóstico, agende uma consulta para iniciar o tratamento e garantir o melhor resultado possível para ele.

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