As deformidades nos membros, sejam congênitas (presentes desde o nascimento) ou adquiridas (desenvolvidas ao longo da vida), são relativamente comuns e variam em gravidade. Algumas deformidades que surgem na infância podem desaparecer naturalmente conforme o esqueleto da criança se desenvolve, sem a necessidade de intervenção cirúrgica. No entanto, existem casos em que, mesmo sem sintomas aparentes no início, a correção se torna fundamental para evitar complicações futuras.

As deformidades podem ser classificadas em dois tipos principais:

Deformidade Articular: Ocorre dentro de uma articulação e, se não tratada rapidamente, pode levar à artrose. Essas deformidades, quando presentes, afetam o funcionamento das articulações de forma mais imediata, o que pode acelerar o processo de degeneração articular.

Deformidade Diafisária: Afeta a parte central dos ossos longos. As consequências articulares podem demorar mais a aparecer, mas, a longo prazo, essas deformidades também podem causar problemas degenerativos, especialmente nas articulações mais exigidas.

Deformidades nos membros superiores e inferiores

Membros Superiores: As deformidades nos braços e antebraços tendem a ser mais toleráveis, já que essas partes do corpo não suportam tanto peso quanto os membros inferiores. No entanto, deformidades no antebraço e articulações dos braços muitas vezes requerem correção cirúrgica, especialmente quando afetam a funcionalidade.

Membros Inferiores: Como as pernas suportam a carga constante do corpo, deformidades nos membros inferiores têm um impacto direto no eixo mecânico do corpo, distribuindo o peso de maneira inadequada nas articulações. Isso aumenta o risco de desenvolver problemas articulares degenerativos, como a artrose, ao longo do tempo.

Diagnóstico e Tratamento

O diagnóstico precoce é fundamental para determinar a necessidade de correção. Alguns casos, especialmente em crianças, podem se resolver naturalmente durante o crescimento. No entanto, deformidades mais graves ou que causam impacto na marcha e funcionalidade do paciente muitas vezes requerem intervenção cirúrgica para evitar problemas futuros, como a artrose.

Além disso, é importante diferenciar entre deformidades articulares, que tendem a progredir mais rapidamente, e deformidades diafisárias, que podem causar problemas a longo prazo, mas geralmente não afetam de imediato as articulações.

Cada caso de deformidade, seja congênita ou adquirida, deve ser avaliado por um especialista para determinar o melhor curso de ação. O tratamento adequado pode prevenir complicações, melhorar a qualidade de vida e garantir que as articulações e ossos funcionem corretamente ao longo do tempo!