A paralisia cerebral (PC) afeta cerca de 17 milhões de pessoas em todo o mundo, impactando diretamente o desenvolvimento motor de crianças e adultos. Essa condição provoca uma série de desafios ortopédicos que, com o tempo, podem levar a deformidades ósseas e musculares, especialmente em pacientes com formas mais graves da doença.
Relação entre Paralisia Cerebral e o Desenvolvimento Ortopédico
Pacientes com paralisia cerebral frequentemente desenvolvem contraturas musculares, que podem causar deformidades nos ossos dos membros e da coluna vertebral. Quanto mais grave for a afetação neurológica, mais pronunciadas tendem a ser essas deformidades. O acompanhamento ortopédico é fundamental para minimizar o impacto dessas complicações no crescimento e na qualidade de vida da criança.
Tratamento Multidisciplinar
O tratamento de crianças com paralisia cerebral deve ser sempre multidisciplinar, contando não apenas com o ortopedista infantil, mas também com fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos e outros profissionais da saúde. Esse cuidado integral tem como objetivo melhorar a qualidade de vida e prevenir a evolução das deformidades. Embora os tratamentos fisioterapêuticos possam retardar o surgimento de deformidades ósseas, em muitos casos, a intervenção cirúrgica se faz necessária.

Classificação da Paralisia Cerebral
A paralisia cerebral pode ser classificada em diferentes tipos, de acordo com os sintomas predominantes:
Espástica: A forma mais comum, caracterizada por aumento do tônus muscular.
Atetoide: Caracterizada por frouxidão muscular e movimentos descontrolados e involuntários.
Atáxica: Afeta o equilíbrio e a coordenação motora, dificultando movimentos precisos.
Mista: Combina sintomas de espasticidade e movimentos involuntários.
Além disso, o Sistema de Classificação da Função Motora Grossa (GMFCS) é utilizado para descrever o nível de função motora grossa de pacientes com PC, variando de leve a grave.
A paralisia cerebral requer cuidados contínuos e especializados para garantir que a criança ou adulto afetado tenha a melhor qualidade de vida possível. Se seu filho foi diagnosticado com paralisia cerebral, é importante buscar orientação de um ortopedista pediátrico para o tratamento adequado, que pode incluir desde terapias conservadoras até intervenções cirúrgicas.